Proteção diária contra o Sol



O sol é o vilão da cútis saudável e bonita. A mudança cultural faz com que o brasileiro busque produtos que o protejam das ações dos raios ultravioleta, aumentando a oferta dos protetores solar

A preocupação com a saúde da pele passa, necessariamente, pelo uso diário de protetor solar. Apesar disso, o volume de bloqueador solar comprado pelo consumidor brasileiro é de 220 mL, ou seja, 1,75 unidades por ano, segundo dados da Nielsen BRA – Homescan YTD Until Q3 2016, quantidade pequena se for considerado que o uso médio deveria ser de um tubo por mês.

Em uma parceria com o Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope), a SUNDOWN® fez um levantamento que revelou o uso de protetor solar atrelado a atividades em ambientes externos e propensos à exposição.

Em torno de 35% dos entrevistados disseram aplicar protetor solar em seus filhos apenas de vez em quando. Ao perguntar sobre o número de crianças que usam protetor solar para ir à escola, a porcentagem caiu para 5%.


Além disso, as pessoas que usam os protetores solares tendem a não aplicar o produto da maneira correta. Segundo a diretora médica da Pierre Fabre (laboratório da Avène), Dra. Ana Coutinho, as pessoas aplicam muito menos do que a dose recomendada (2 mg/cm²), variando de 0,5 mg e 1,5 mg/cm², o que acaba por produzir uma redução na proteção conferida pelo fotoprotetor comprado. Em geral, a pessoa consegue um valor médio de 20% a 50% do Fator de Proteção Solar (FPS) rotulado no produto comprado.

Por outro lado, o clima tropical brasileiro contribui para que o País tenha o segundo maior mercado de protetores solares do mundo, perdendo somente para os Estados Unidos.

“O setor movimentou mais de R$ 650 milhões entre julho e dezembro de 2016”, revela a gerente deTRADE MARKETING da Divisão de Cosmética Ativa da L’Oréal, Juliana Valeriano.

“Existe a crença de que só a exposição solar intencional (na praia, na piscina, no quintal ou durante as férias de verão) representa risco à saúde. Além das queimaduras e do envelhecimento precoce, um dos efeitos mais preocupantes da exposição desprotegida é o câncer de pele, o que pode ser prevenido por meio de medidas adequadas de fotoproteção no dia a dia”, revela a diretora deTRADE MARKETING e Sales Operations da Johnson & Johnson, Juliana Sztrajtman.

Qualquer parte do corpo exposta ao sol (incluindo lábios, olhos, couro cabeludo e lobos da orelha, por exemplo) pode sofrer queimaduras. Elas aparecem depois de algumas horas de exposição e se manifestam desde uma pele avermelhada e quente, sensível e dolorosa ao toque, até pequenas bolhas com líquido dentro.



“Se o quadro for mais grave, podem surgir sinais e sintomas gerais, como dor de cabeça, febre, calafrios e fadiga. A queimadura é uma resposta inflamatória à radiação solar. Ao olhar a pele queimada pelo sol, utilizando um microscópio potente, é possível ver as células e os vasos sanguíneos danificados pelos raios solares. Com o dano repetido pela exposição crônica ao sol, a pele começa a desidratar e ficar enrugada”, comenta a médica da Pierre Fabre.

Visando atender ainda melhor o consumidor, a indústria lança alternativas que facilitem o uso dos produtos. É o caso de protetores solares específicos para um tipo de pele, com outras finalidades ou em embalagens menores.

O Physical Matte UV Defense, da SkinCeuticals, por exemplo, tem efeito matte para peles oleosas, combinando alta proteção com filtros minerais e efeito blur que minimiza a aparência dos poros.

“Percebemos uma forte tendência dos produtos multifuncionais, que entregam mais de um benefício ao consumidor, como cor (por meio de base) e em produtos que se adaptem às necessidades do dia a dia, com fragrância e texturas mais suaves”, complementa a diretora da Johnson & Johnson.
Rosto ou corpo

A pele do rosto é mais delicada e necessita de uma formulação compatível, com um sensorial mais leve e com uma cosmeticidade mais adequada para essa região.

“Por uma questão de praticidade, algumas fórmulas atuais trazem outros benefícios além da proteção solar, como controle de oleosidade, atividade antioxidante e uniformização da tonalidade da pele”, diz Juliana Sztrajtman.

Entre as principais preocupações na formulação estão o não pesar, não obstruir os poros, não sensibilizar a pele e não causar irritações. Ainda assim, pessoas com pele normal podem usar os fotoprotetores de corpo na face, se não houver incômodo no dia a dia.



“O filtro solar usado no corpo tende a ser mais oleoso, deixando, muitas vezes, a pele mais brilhosa e mostrando-se mais pesado ao toque durante a aplicação, o que para a face não é, na maioria das vezes, desejável. Os produtos desenvolvidos para o corpo podem ser também resistentes à água, já que a sua aplicação é mais frequente em praias e piscinas, onde há maior contato com a água e a exposição solar é mais intensa e constante”, analisa a Dra. Ana.
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